Após um 2018 crítico para a atividade de suinocultura o primeiro semestre de 2019 trouxe um certo alento aos produtores da proteína suína. O valor médio do quilo do suíno vivo no período de janeiro a junho de 2018 era de R$3,62, já no mesmo período de 2019 o valor é de R$ 4,22, o que totaliza um incremento de 17%. “A atividade de suinocultura é cíclica e este ano estamos passando por um período positivo, devido a alguns fatores. Os mais evidentes são as exportações em alta consistente com os eventos na Ásia, principalmente na China; algum enxugamento da oferta no mercado interno devido à grave crise de 2018 e uma relação de troca interessante ao produtor nesse momento que favorece que ele administre a oferta dos seus animais ao mercado” comentou João Carlos Bretas Leite, presidente da ASEMG.
Para Armando Carneiro, diretor de mercado da ASEMG, é possível entender e prever os movimentos de mercado quando se trabalha em cima de números. “A Bolsa de Suínos de Minas Gerais trabalha hoje com uma arrojada plataforma de dados que mapeia diariamente e entende o mercado através de dados gentilmente cedidos por suinocultores e que são automaticamente retirados de seus sistemas de gestão o que nos dá a segurança de entender a disponibilidade de suínos no Estado de forma automatizada e bastante precisa. Temos vários outros dados que complementam a plataforma, mas vale lembrar das exportações e do acompanhamento do abate oficial a nível Brasil. O processamento desses dados permite acompanhar a disponibilidade interna de carne suína (DICS). Isso tudo facilita a tomada de decisão dos suinocultores na hora da discussão de mercado junto aos frigoríficos” contou Armando.
“O mercado é sem sombra de dúvidas o elemento soberano no que tange as negociações, mas discutir com os representantes dos frigoríficos usando como premissas dados confiáveis nos dá uma noção ainda mais assertiva do que apenas o nosso feeling. Prova disso é que nos últimos meses o número de Bolsas fechadas têm sido recorde, na casa de 90% contra 65% de média histórica. Por isso peço a todos os suinocultores que passem a informar junto a base de dados da ASEMG. Isso será excelente para toda a cadeia” disse Roberto Coelho, vice-presidente da ASEMG.
Para Alvimar Jalles, consultor de mercado da ASEMG os números apurados pela Bolsa de Suínos de Minas Gerais formam um mecanismo de grande valia para a atividade: “Com a plataforma de dados, conseguimos ver exatamente o que está acontecendo com a oferta e passamos a entender o mercado pelas razões corretas. Há uma transformação muito grande em relação ao tempo que apenas especulávamos. Quando se sabe exatamente o porquê das coisas, temos sob controle nossas escolhas em relação ao futuro e ao mercado” disse.
Entre em contato pelo e-mail asemg@asemg.com.br e também seja um informante da plataforma de dados da Bolsa de Suínos de Minas Gerais.