Na última semana, foi realizada mais uma reunião do Comitê de Coordenação e Governança de Estatais (CCGE) do Bloco IV, composto por 10 estados (BA, SE, RJ, SP, MG, GO, MT, TO, MS, ES e DF), sobre os avanços e as perspectivas do plano estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa (PNEFA), a ASEMG esteve presente representando a suinocultura do Estado.
A reunião aconteceu de forma remota, e teve início com uma apresentação do diretor do departamento de Saúde Animal (DSA/SDA), Geraldo Marcos de Moraes, que fez um apanhado geral sobre a evolução do plano estratégico nos Estados. “Estamos trabalhando neste plano desde 2017, ao longo desses cinco anos levantamos muitos dados e avançamos na vacinação, no entanto, ainda não atingimos, em alguns estados, nossas metas. Precisamos trabalhar o fortalecimento do nosso sistema de vigilância dos serviços veterinários estaduais, buscando construir um cenário mais sustentável que permita manter uma Zona Liivre de febre aftosa sem vacinação”, afirmou Moraes.
Na nova avaliação do PNEFA, o estado de São Paulo se destacou alcançando todas as metas dos índices mínimos necessários estabelecidos pelo comitê. Em comparação, os estados: Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro tiveram o menor índice de alcance das metas.
Ao longo do encontro, foi dada a palavra aos representantes de cada Estado presente, que relataram os avanços e as perspectivas do plano estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção de Febre Aftosa em 2022.
Minas Gerais se colocou à disposição para ajudar os Estados na divulgação da campanha de vacinação, “Nós queremos ajudar Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro e outros mais que quiserem, no que for preciso, dentro das nossas possibilidades para podermos evoluir no bloco como um todo”, disse Guilherme Oliveira, representante do estado e analista de sustentabilidade da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG).
Os representantes dos Estados em comum acordo com o Comitê identificaram a necessidade de estender as datas de vacinação, a fim de aumentar a possibilidade de atingirem a meta e terem mais animais vacinados ainda em 2022. A vacinação foi estendida até o dia 16 de dezembro.
Febre Aftosa no Brasil
A febre aftosa é uma enfermidade que ataca suínos, bovinos, ovinos e caprinos. Tem causa virótica e é altamente contagiosa, por isso tem fácil propagação. Sua transmissão pode ocorrer por meio da ingestão de água, alimentos no cocho e pastos que estejam contaminados pela saliva de animais doentes.
A doença conta ainda com o agravante do vírus que a transmite ser altamente resistente, podendo sobreviver durante meses em carcaças congeladas.
No Brasil, a prevenção da febre aftosa é feita por meio da aplicação da vacina obrigatória, que é feita de 6 em 6 meses, a partir do terceiro mês de vida do animal.
Essa vacina é obrigatória para todos os criadores de animais que possam ser infectados pelo vírus, sempre seguindo as recomendações de vacinação estipuladas pelo fabricante, em relação à dosagem, prazo de validade, modos de conservação, entre outros.